segunda-feira, 28 de março de 2016

"Para Sempre Alice": um pouco sobre o Mal de Alzheimer. (filme)

       Y 

 Recentemente assisti o filme "Para Sempre Alice", que retrata o Mal de Alzheimer precoce, que é  uma doença degenerativa que causa demência ou perda das funções cognitivas (linguagem, atenção, memória e orientação), causadas pela morte de células cerebrais. 

O filme mostra a vida de uma inteligente professora de linguística, de uma famosa universidade, que aos 50 anos começa a apresentar lapsos de memórias, ate que recebe o diagnóstico de Alzheimer precoce.  As cenas do drama mostra como a vida de Alice Howland muda e como todo o repertório intelectual que ela construiu durante sua jornada acadêmica (e até mesmo durante a vida como um todo) se perde, aos poucos, para o Alzheimer. Em questao de tempo, Alice deixa de ser uma mulher forte e decidida e passa a ser uma pessoa frágil e insegura.

Além dessa questão intelectual, que está explícita nos sintomas da doença, uma série de mudanças na vida pessoal de Alice, na relação com o marido e filhos, acontecem. Há cenas que mostram o esquecimento do nome de uma das filhas e o esquecimento de onde fica o banheiro na própria casa. Fatos que deixam claro o grande sofrimento emocional por parte da paciente e dos familiares. Quem  não se sentiria entristecido se a própria mãe esquecesse o seu nome???

 A pessoa com Alzheimer tem lapsos de memória, tem períodos de esquecimento, mas pode se lembrar do fato novamente, repentinamente. É possível, por exemplo, acontecer o esquecimento de alguém próximo e em instantes, ocorrer um retorno da memória em relação àquela pessoa. Esssa lembrança, possivelmente, vem acompanhada de tristeza e frustração. O indivíduo com Alzheimer tem mudanças de humor bruscas, pode se calar e\ou se tornar agressivo.

O filme "Para Sempre Alice" me fez refletir sobre a finitude da vida, na velha e boa questão do tempo: uma hora estamos bem, mas não sabemos nada sobre o nosso futuro. Achamos que temos controle sobre nosso corpo e nossa vida, mas na verdade não controlamos nada. 

Acredito que o filme pode ajudar a pessoas que convivem com familiares com o Mal de Alzheimer, pois faz com que entrem em contato e entendam, de fato, como a doença se manifesta. Quando  uma pessoa vive com alguém próximo com o Alzheimer e assiste esse tipo de filme, ela pode sofrer ao ver as cenas (devido à forte identificação com os fatos) mas, de certa forma, se prepara emocionalmente para ajudar o familiar, já que não há cura para a doença. Assistir o filme traz sofrimento, mas pode ter como conseqüência, o preparo para vivenciar as situações com o familiar que sofre da doença  e, também, a aceitação da finitude da vida em geral. Enfim, esse tipo de filme é um preparo para o luto. 

NOTA: o filme "Para Sempre Alice" foi reverenciado pela crítica e  rendeu a Julianne Moore (a protagonista que viveu Alice) ao Oscar de melhor atriz.

FICAADICA: Eu assisti o filme pelo Netflix, mas vi que tem ele na íntegra pelo YouTube. Corre lá pra assistir!!!

É isso aí, pessoal?!? Espero que tenham gostado!



Mais alguns posts que podem interessar:
-Quando recorrer a Psicoterapia.
-Malévola: a importancia do papel de mãe.
-Sobre a depressão no adulto e na criança.

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Ana Paula Miessi Sanches - Psicóloga

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Sobre a Microcefalia. Como vive uma pessoa com Microcefalia?




Recentemente no país tivemos um surto de recém-nascidos com Microcefalia e  especula-se que a causa principal do problema é a contaminação da gestante pelo Zika Vírus. Recomenda-se no momento que mulheres que pretendem ter filhos esperem um pouco, pois a situação é realmente grave.

Ok!?! Todas as afirmações acima muitos de nós já sabemos, devido aos jornais e mídia em geral. Mas de fato, o que é Microcefalia? Como é um bebê que nasce com esse problema? Como vive um indivíduo com microcefalia? 

Primeiramente, o Zika Vírus é transmitido através da picada do mosquito Aedes aegypti ( mesmo da Dengue e Chikungunya) que se prolifera nos locais onde se acumula água.  - Por isso, nada de água parada em pneus velhos, vaso de planta, em entulhos e etc.. Vamos fazer uma limpeza na casa, sempre atentos a isso, principalmente nessa época de chuvas. - Não se sabe exatamente a relação entre o vírus Zika e a Microcefalia, mas foram encontrados o vírus no líquido amniótico que envolve o bebê durante a gravidez e também no líquido cefalorraquidiano, presente no sistema nervoso central dos bebês que nasceram com a Microcefalia.  Porém, em outros países houveram casos de Zika, mas sem casos Microcefalia, por isso que nada é certeza ainda.É tudo muito recente e é preciso de tempo para pesquisas e estudos. 

A Microcefalia é uma má formação neurológica, no qual a cabeça e o cérebro da criança é menor do que outras crianças com condições normais. Essa má formação é, normalmente, diagnosticado no check-up da criança no pediatra nos primeiros meses de vida, ou até mesmo durante a gestação, nos exames de pré-natal . Não há uma cura da doença, mas quanto antes ela for descoberta, mais fácil será o tratamento, que perdurará por toda a vida do indivíduo. 



Devido às alterações do tamanho do crânio, o cérebro fica sem espaço para se desenvolver plenamente e assim, suas funções ficam comprometidas, o que afeta o corpo, a coordenação, a cognição etc... Assim, o indivíduo com Microcefalia pode ter:  déficit intelectual, atraso mental, convulsões, Epilepsia, Paralisia, problemas motores, atraso da fala, entre outros. Nesse sentido fica claro, que a criança com Microcefalia poderá ter uma vida bem restrita e ser dependente de um adulto pelo resto da vida.

O tratamento da doença é multidisciplinar com: médicos (neurologista, pediatra), fisioterapeutas para ajudar com as questões musculares e motoras, Psicólogos e Psicopedagogos para trabalhar os déficits intelectuais e orientar os pais em relação ao problema, fonoaudiólogos  para problemas relacionados a fala, entre outros profissionais. Será necessário ainda, ajuda da escola e dos professores. Todos esses profissionais são necessários, pois quanto mais estímulos à criança tiver, maior será a capacidade dela para viver da melhor maneira possível.

A causa da Microcefalia pode ser: genética e ingestão de álcool, drogas e medicamentos contra-indicados na gravidez, além da possibilidade de ser causado pelo Zika Vírus.

Sobre toda essa situação de surto de Microcefalia no país eu digo a todas mulheres esperarem um pouco para engravidar e, caso não seja possível, use repelentes, faça o pre Natal corretamente, evite contatos com pessoas que tenham infecções e febres e limpe bem sua casa e quintal, a fim de evitar a água parada, onde o mosquitos se reproduz.

Deixo aqui a dica que recebi de repelentes para grávidas e outra informações pertinentes.



                              

OBS: Todas as informações acima eu retirei de revistas e sites atuais que abordam o problema. Fiz um breve estudo sobre a Microcefalia e repassei esse resumo para os leitores do blog.


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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Por que gostar das "antiprincesas"???


 Ultimamente algumas pessoas têm perguntado o que eu acho desse movimento "antiprincesas". Para quem não sabe, recentemente livros infantis com personagens opostas as princesas foram lançados e tem sido muito bem aceitos pelos pais e crianças. Nessas histórias não há o príncipe perfeito, as personagens não são tão belas e delicadas, não são ricas, não vivem em castelos e o fim da história nem sempre é feliz. São pequenas heroínas do mundo real.  

Esses livros mostram muito mais a realidade de uma criança do que qualquer história de princesa da Disney. Acredito que as personagens "antiprincesas" proporcionam uma identificação maior pelo fato de estarem mais próximas a realidade das crianças. Eu,particularmente, ainda não li esses livrinhos infantil da Editora Chirimbote que traz Frida Khalo, Violeta Parro e Juana Azurduy, mas já entrei em contato com alguns livros franceses que trazem para a criança (com uma linguagem leve) a realidade do jeito que é, histórias com finais não tão felizes. 

                                    

Sempre achei esse tipo de livro muito enriquecedor para o desenvolvimento emocional de uma criança. Afinal, por que temos que criar meninas dispostas a encontrar o príncipe encantado se eles não existem? Por que temos que ler livros que sempre tem o final feliz se a vida não é assim? Por que temos que mostrar castelos se poucas pessoas no mundo moram em um?

 Acho que temos que ser realistas e pé no chão na hora de educar nossas crianças. Mostrar a realidade da vida de maneira natural torna tudo tão mais leve, sem esteriótipos perfeitos e engessados que ilustram uma vida que não existe. As princesas, na verdade, trazem uma realidade bem frustrante para as meninas, pois elas crescem com a imagem de que a mulher deve ser alta, magra e rica. Mas quem de fato é assim??Uma proporção muito pequena da sociedade.

Claro que eu não sou radical, apesar de parecer neste post! Também adoro as princesas e acho que na educação e quando se trata de livros, quanto mais, melhor! Um pouco de cada história pode ser proporcionada a criança. As princesas são ótimas para a imaginação, fantasia e criatividade, já as antiprincesas são ótimas para mostrar a realidade da vida.O ideal é que a criança tenha acesso a tudo. Quanto mais livros, maior é  ampliação da consciência e maior é o desenvolvimento.

Fantasias "antiprincesas"  e "antiprincipes" também estão no auge. A tendência é fugir de fantasias arrumadas demais, certinhas e perfeitas. Olha que fofura!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

"Limpeza Mental": Viva de modo mais leve.



Final de janeiro e começo de fevereiro, as festas e as férias chegaram ao fim e agora é necessário voltar a rotina. Na minha opinião é preciso voltar para o trabalho de maneira diferente, é preciso estar se sentindo diferente em relação ao fim do ano anterior. Para mim, pelo menos, o fim de ano é cansativo,é um acúmulo de exaustão e isso reflete ao meu redor, pois minhas coisas, a casa por exemplo, costuma ficar mais desorganizada. 

Começo de ano é sinônimo de organização, é preciso organizar tudo ao redor para poder começar a nova rotina de maneira mais leve e é isso que te dará forças e segurança para encarar o ano com harmônia. Não digo tudo isso, apenas por experiência própria, já que há tempos para mim janeiro e fevereiro são meses de organização externa ( da minha casa e consultório), mas principalmente por que quando as coisas estão organizadas por fora, tendem a entrar nos eixos por dentro, a melhor maneira de encontrar a si mesmo é organizando o que é concreto...  Tente experienciar isso é concluir com você mesmo o que eu estou dizendo.

Como??? Vou mostrar como externalizar algo interno ("limpeza mental") através de atitudes concretas (a limpeza da casa, ou cômodo):

- antes da arrumação dos objetos preste atenção em como você está, nos seus sentimentos (tanto nos bons, quanto nos ruins).
- olhe ao seu redor e perceba tudo o que deve ser arrumado, limpado e descartado.
- arregace as mangas e faça a limpeza focada em você também, pense em você internamente no que você deseja mudar (jogar para fora), no que deseja manter e o que precisa de organização e reflexão. 

Normalmente logo depois da limpeza você já sentirá uma certa paz no ambiente, tente perceber isso em você  também. As vezes as mudanças internas são sutis, mas elas acontecem e trazem boas perspectivas no dia-a-dia. Dias após essa faxina, continue focando em você, perceba se está mais organizada  e leve no trabalho, na vida profissional e pessoal.

Sempre que achar necessário faça essa faxina externa e interna, não precisa ser na casa toda, mas pode ser apenas em uma gaveta desorganizada do seu guarda-roupa. Foque em você, nos seus sentimentos e necessidades. Acho muito bacana fazer essa "limpeza mental" quando estiver angustiado, ou achando que determinados problemas não tem solução. Após essa limpeza as coisas tendem a ficar mais claras. Experimente!!!

O ideal é a pessoa fazer essa limpeza sozinha, focada em si própria. Mas nada impede também, que convide outras pessoas que moram com você para ajudar na limpeza. Esse pode ser um momento também para refletir sobre as pendências da casa e futuramente decidir coisas que estão "travadas" e aparentemente sem solução. Outra dica é colocar as crianças para trabalhar também, por que não, né?! Elas podem separar brinquedos para doar e tirar o pó do quarto delas. Leve ela na instituição que irá doar as coisas e assim, ela estará aprendendo a ser solidária e a olhar para o outro.


FICADICA: após essa faxina, costumo tomar um bom banho e fazer um relaxamento. As vezes faço anotação de como estava antes e depois.




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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O que é ser uma "Boa Mãe", segundo a Psicologia (Psicanálise).



Psicólogos, psicanalistas, estão sempre abordando as questões e relações entre mãe e filho. É comum em uma sessão psicanalitica o paciente voltar ao passado e refletir sobre a infância e, consequentemente, sobre a relação materna. Isso se dá porque a relação que tivemos com nossas mães, na tenra idade, pode nos trazer entendimento sobre nossas inseguranças, medos e etc.. Claro que a conclusão desses fatos não está atrelado apenas a figura de mãe, porém , ela é uma das figuras principais principais do desenvolvimento emocional humano, segundo a Psicanálise (Winnicottiana).

Então, você me pergunta o que é ser uma boa mãe para a Psicologia? Qual é a mãe que "melhor" proporcionará o desenvolvimento emocional da criança? Antes de mais nada, volto a falar que, só a mãe, mesmo que ela seja perfeita, não fará o milagre com o desenvolvimento da criança, se o ambiente ao redor estiver desorganizado e não trouxer a estrutura necessária para um individuo crescer.  Mas nesse post o foco é a mãe, " a Boa Mãe", ou como os Psicanalistas Winnicottianos ( que seguem os pressupostos de Donald Wood Winnicott) dizem: " Mãe Suficientemente Boa". Então, vamos pensar apenas na mãe, certo?!?! 

A boa mãe, ou a "Mãe Suficientemente Boa", é aquela que consegue reconher as necessidades do bebê desde a tenra idade e sabe a hora de retirar  seus cuidados quando não são mais necessários para a criança. Ou seja, é a mãe que coloca o seu filho "embaixo das asas" e o protege quando percebe que isso é necessário e saudável para o desenvolvimento da criança. Mas também, é a mãe que consegue compreender quando a criança pode seguir sozinha, fazer as coisas por si própria. 

 A "Mãe Boa" sabe quando é a hora de desmamar (mesmo que isso traga sofrimento para filho e mãe), sabe quando é a hora de deixar a criança levar aquele pequeno tombo para poder andar sozinho e com mais segurança, sabe quando é a hora de deixar o filho tomar as próprias decisões. Ela é o que muitos chamam de: "Mãe Desnecessária", aquela que não cria os filhos dependentes dela, e sim aquela que ajuda os filhos a terem asas para voar livres e independentes. Filhos criados pela "Boa Mãe" costumam ser mais seguros de si, são confiantes, sabem fazer escolhas (não são indecisos), sabem lidar com perdas e frustrações inerentes da vida.

E você que sempre pensou que ser uma Super Mãe era fazer tudo pelo filho e evitar ao máximo que ele se frustre e sofra!?!?! Você está enganada, pois se agir assim, estará criando uma criança despreparada para a vida. Repense seus conceitos e mude, pois sempre é tempo para  melhorar.




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domingo, 17 de janeiro de 2016

Os caminhos percorridos pelo BLOG e as mudanças em 2016. Novo BLOG PEQUENIÑOS

                   


 Em 2011 eu criei o blog  PEQUENIÑOS pelo fato de gostar de escrever e por poder integrar esse meu hobby a Psicologia, que é a area que eu tenho conhecimento e domínio para abordar. Além disso, durante os atendimentos de orientação de pais na clínica de Psicologia eu sentia falta de colaborar com algo mais "concreto"para os familiares dos meus pequenos pacientes, então os posts ,geralmente, são impressos e entregues aos pais, de acordo com a necessidade de cada um. Os primeiros temas do blog serviam, basicamente, para orientar meus pacientes, no qual o foco era sempre a criança. 

O tempo foi passando, os leitores foram surgindo, eu fui me envolvendo e outros temas sobre a Psicologia Infantil foram surgindo. Então, no decorrer de 2015 observei quantos temas tinha escrito sobre crianças nesses últimos quatro anos e me dei conta, que apesar dos assuntos relacionados à infância não encerrarem nunca, senti a necessidade de escrever  sobre outros temas e outras faixas etárias que também tenho conhecimento devido a minha formação como Psicóloga.

Como quase todo processo que envolve mudanças, fiquei angustiada com o que faria do blog, como seria fazer essa mudança sem deixar de lado a criança ( já que o desenvolvimento infantil é a minha especialidade e paixão). Foram muitas perguntas para achar respostas e adequar ao blog, e por conta disso, os posts foram em menor quantidade, mas sempre estiveram presentes.

Diante dessa minha necessidade, resolvi abranger o tema do Blog  PEQUENIÑOS. A partir de 2016 abordarei  temas que referem a família como um todo, ou seja também irei falar um pouco sobre os adultos, sobre os adolescentes e idosos, mas claro,que o foco principal sempre será a criança. 

Espero que compreendam e que continuem se envolvendo com o blog.

Obrigada a todos que acompanham o blog!
Ana Paula Miessi Sanches - Psicóloga 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Crianças francesas não fazem manha?




Confesso que quando vi o "boom" em relação a esse livro e principalmente o nome dele, tive um pouco de preconceito. Mas já que  foi "Best seller" em vários países, resolvi dar uma chance  e ver o que tanto atraia as pessoas e me surpreendi com a leitura e com as colocações da autora.

No livro - Crianças francesas não fazem manhã- Pamela Druckerman (autora) conta a experiência de ser americana  e criar os filhos na França. A autora se prende as diferenças culturais entre a criação dos americanos e dos franceses desde o processo de gestação até o crescimento dos filhos. Através de suas observações diárias, do contato com profissionais especializados na criança e de seu estudo, ela chega a algumas conclusões do porque as crianças francesas são menos agitadas e manhosas em relação as americanas.

Não vou tirar o gostinho de vocês de lerem o livro, mas não poderei deixar de fazer minha análise em relação ao que li. Antes de mais nada, a leitura  desse livro é sim interessante para nós, brasileiros,  já que muito da nossa cultura e forma de educar os filhos está relacionada com a americana. Querendo ou não, nós nos  baseamos no "modo americano de ser" para muitas coisas no nosso dia- a- dia, maneira de se vestir (as marcas), alimentação e também em como educamos e reforçamos os comportamentos de nossas crianças.
O que mais me chamou a atenção no livro foi quando a autora descreve cenas num restaurante francês, no qual crianças sentam-se quietas, comem e esperam os pais comerem. Muito diferente do que ela descreve em relação as americanas e as nossas, não ?!?! Eu costumo fazer essa observação e muitas outras quando estou com crianças e seus familiares.
 Já observei em algumas ocasiões que os pais chegam no restaurante e desesperadamente pedem o prato da criança, pois elas não podem esperar nenhum minuto (até aí tudo bem elas serem prioridade neste momento), mas aí elas acabam de comer e não deixam seus pais comerem, pois não aguentam esperar. Aí ouço, ter filho pequeno é assim mesmo... E eu me pergunto, se alguma vez na vida esses pais ensinaram a criança esperar um pouco? Ou desde que nasceu ela é prioridade em tudo e nunca teve que esperar para nada? E não deixo de pensar também, como serão essas crianças quando adultos?
Certamente  esses futuros adultos sofrerão por esperar pela notícia de um emprego que desejam, se precipitarão para tomar decisões num relacionamento, ficarão angustiados ao ter que esperar por qualquer coisa, ou pior ainda, quando não forem o centro da atenção  na vida, provavelmente, sofrerão de ansiedade, distúrbios alimentares, depressão e tantas outras patologias conhecidas como mal do século.

Entendi que as crianças na educação francesa tem prioridades sim, afinal são crianças que necessitam de cuidados como qualquer outra, mas o pais não levam a maternidade como a principal coisa da vida e nem colocam a criança como centro de tudo.  Afinal, pais são seres humanos e tambem posuem prioridades, portanto a criança tem que esperar no restaurante para comer, tem que esperar o horário de todos, desde pequenos devem acostumar que os outros possuem necessidades como elas e assim, aprendem desde cedo a respeitar e a ceder para o outro. 

Por esse e por outros motivos achei a leitura do livro bem interessante para refletirmos a educação de nossas crianças. Será que realmente elas  devem ser sempre prioridade de tudo na vida dos pais? Será que a maneira com que criamos nossas crianças como centro de tudo não trará influencias negativas para os futuros adultos? Acho que a leitura do livro,  a reflexao sobre a criação e educação de uma criança pode trazer benefícios para pais e educadores.



 A autora também lançou outro livro, ainda não li inteiro, mas vi que segue a mesma linha de pensamento. Para quem gostou, a leitura é interessante também.



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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

É desde criança que se desenvolve o autocontrole.



Conforme vamos crescendo e passando pelas fases da vida, a tendência é o amadurecimento emocional e como consequência,  vamos aos poucos aprendendo a controlar nossas emoções. Porém, desde criança podemos desenvolver o autocontrole, basta estimular e ensinar as crianças sobre as emoções ( e mais uma vez falo da Educação Emocional).
Uma ferramenta que tenho usado na clinica com as crianças para esse propósito é  o "Semáforo do Autocontrole", segue imagem:

  
O desenho do semáforo acima fica exposto na sala de atendimento do meu consultório. Converso com a criança sobre as emoções , sobre quando é necessário respirar e manter a calma, sempre visualizando a imagem. Elas normalmente trazem que precisam de calma quando estão nervosos, com raiva e com medo. E assim, vou conversando com a criança e, junto com ela, vamos descobrindo maneira de controlar as emoções de acordo com que elas vão aparecendo.

É muito legal perceber como as crianças trazem respostas e soluções bacanas para resolver suas questões, além disso vou mostrando maneiras possíveis delas canalizarem seus sentimentos, caso elas não consigam uma resposta. O simples "bate-papo" com as crianças (com auxilio da imagem que criei) traz a autopercepção de si, o aprendizado sobre as emoções e o autocontrole. A atividade pode proporcionar melhoras em relação ao medo, agitação, ansiedade, agressividade e etc... 


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Para quem quer saber mais sobre Educação Emocional, deixo alguns links aqui:




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